Você não consegue dizer “não” para as pessoas? Você deixa os seus interesses para atender os interesses dos outros? Você se preocupa com o que as pessoas pensam a seu respeito?
Observe que quanto mais você faz isso, mais você sente um vazio dentro do peito. Isso acontece porque não temos a clareza de reconhecer o verdadeiro bem.
Confundimos bondade com “ser bonzinho” e perdemos a coragem de dizer “não” para as pessoas, sem percebermos que ao fazer isso, estamos, na verdade, dizendo “não” para nós mesmos.
Nos abandonamos para atender os outros e, erroneamente, assumimos a vida dos outros ao invés de ajuda-los para que confiem em si e desenvolvam suas capacidades. Com isso, vamos contra o fluxo da vida que tem o proposito de trazer desafios para desenvolver ao maximo o potencial de cada um.
Nos preocupamos com o que acham de nós, abandonamos nossa espontaneidade e nos deformamos tentando parecer ser o que acreditamos que os outros esperam de nós.
Até quando vamos nos negar? A vida nos trata como nos tratamos. Se você se por no fim da fila, é assim que será tratado.
Seja generoso consigo, dê a si tudo que sente que lhe nutre, realiza, lhe dá prazer. Somente quando estamos preenchidos pelo bem que nos damos é que temos condições de compartilhar esse bem com os outros, somente quando estamos em paz conosco é que temos, verdadeiramente, condições de ajudar alguém, só pelo gosto de ajudar, pelo gosto de fazer o bem, sem expectativas de retribuição, só pelo gosto de gostar. Isso é que é a verdadeira doação.
Meire Espirito Santo
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